terça-feira, 14 de novembro de 2017

O sofrimento pode ter sentido na minha vida?


Todos nós somos desafiados pelos momentos de sofrimento. Pode-se dizer que essa é uma das grandes certezas da vida: iremos passar pelo crivo do sofrimento em em alguma ocasião. Viver essa experiência nem sempre será algo pacífico, algumas vezes podemos nos sentir perturbados ou inseguros quando algo não vai bem. Mas também podemos ter um olhar renovado sobre o sofrimento e enxergar nele uma oportunidade. Tudo vai depender da forma que pensamos a respeito do sofrimento e do proveito que conseguimos tirar dessas situações.

Viktor Frankl, um grande teórico da Psicologia, afirma: “quando não é mais possível moldar o destino, então se faz necessário ir ao encontro deste destino com a atitude certa” (O sofrimento de uma vida sem sentido: caminhos para encontrar a razão de viver). Podemos entender o que Frankl quer dizer a partir de uma visão positiva do sofrimento. Quando o sofrimento é inevitável, ou quando “não é mais possível moldar o destino”, cabe a nós abraçá-lo e responder a ele com uma atitude adequada. Em outras palavras, frente à uma situação difícil que não pode ser modificada, é possível escolher como vamos enfrentar esse desafio, e optar por uma atitude equilibrada trará grandes frutos para cada um de nós.

Nossa reação mais fácil perante o sofrimento é a fuga. Logo pensamos em como podemos nos livrar daquilo que nos perturba e tentamos fazer com que isso aconteça a qualquer custo. Essa forma de reagir é natural e justa; se algo não vai bem é sinal de equilíbrio tentar reverter a situação. Porém, nem sempre isso será possível. O grande risco é de que, ao deparar-se com um sofrimento inevitável, cresça em nós a revolta ou a desmotivação, e isso de fato não contribui. Seria muito mais proveitoso se, ao invés disso, pudéssemos buscar compreender como passar por aquele sofrimento de maneira íntegra, sensata e cheia de sentido. Certamente, nos tornaríamos pessoas melhores e seríamos capazes de iluminar também aqueles que estão ao nosso redor.

Gabriela Neves

Nenhum comentário:

Postar um comentário